História

Assim nasceu a Associação dos Bombeiros Voluntários dos Estoril

 

Decorria o ano de 1914 quando nasceu a Sociedade Filarmónica Estorilense fundada por Luis Clemente com o auxílio de seu filho Joaquim Clemente, reputado maestro de renome internacional. Esta Sociedade que teve uma existência efémera nas décadas de 10 e 20 mais concretamente no período entre 02 de Abril de 1914 e 31 de Janeiro de 1923, data em que se extinguiu para dar lugar à Associação dos Bombeiros Voluntários dos Estoris.

 Um pouco antes, em 09 de Outubro de 1923, a então Sociedade Filarmónica Estorilense, sua antecessora, dá um passo para este nascimento, quando a comissão encarregada de instalar uma “secção de bombeiros voluntários” propõe, através do sócio Martinho Rodrigues, à Assembleia Geral da Filarmónica Estorilense a modificação dos estatutos e que a sociedade passe a denominar-se Associação dos Bombeiros Voluntários dos Estoris.

 A proposta é aprovada e, cerca de 3 meses depois, em 31 de Janeiro de 1923, a Filarmónica Estorilense cede lugar àquela.

 É uma substituição meramente “de facto” porque, juridicamente, só em 27 de Dezembro do mesmo ano vêm a ser aprovados os primeiros estatutos da A.B.V.E. por alvará do Governo Civil de Lisboa.

 Só a partir deste momento, ao abrigo da lei em vigor, se poderá considerar, na verdade, institucionalizada a Associação dos Bombeiros Voluntários dos Estoris. Todavia, a primeira Assembleia Geral da Associação realizou-se em 28 de Fevereiro de 1923, para eleição dos seus corpos gerentes.

 

De salientar que nesta primeira Assembleia Geral foi louvado e aclamado presidente honorário o sócio n.º 65, João Félix da Silva Capucho, por ter oferecido à Associação 100 metros de mangueira e um chupador na importância de 750$00, além de uma bomba portátil. Na mesma sessão, os sócios Joaquim do Nascimento Gourinho e Martinho Rodrigues ofereceram-se como fiadores de um empréstimo de 10.000$00 a contrair pela Associação a João Pires Correia.
 
Este empréstimo visava fazer face às primeiras despesas com a instalação da Corporação de Bombeiros e seria amortizável em 3 anos e a um juro não superior a 7%.  Estava lançado o gérmen de toda uma vida de entusiasmo e dedicação que estes dois homens devotaram à Associação, justificando que os seus nomes tivessem entrado na galeria dos “históricos” desta instituição.

 

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